Quantas vezes na vida se sentiu triste? Várias vezes, suponho.
Começo por referir que não existem emoções boas ou más, o que existe são emoções positivas e negativas. Geralmente as pessoas evitam as emoções negativas, como é o caso da tristeza, porque a maioria de nós prefere sentir as emoções positivas, como a alegria, por exemplo, que nos trazem bem-estar, ao contrário das emoções negativas que nos deixam desconfortáveis.
Vejamos, a tristeza é uma emoção básica do ser humano, ela é responsável por nos aproximar de outras pessoas, por facilitar a procura pelo autoconhecimento, pois tentamos perceber o porquê de estarmos assim. A tristeza também nos faz querer mudar, avançar e encontrar uma saída para a situação. Em alguns casos, pode ser também um momento criativo, quantas vezes já não ouvimos falar de músicos ou poetas que compõem quando estão num momento mais “blue”.
É normal ter-se episódios de tristeza: esta emoção é a resposta que geramos quando temos algum tipo de conflito pessoal, ou a perda de algo ou alguém significativo, ou quando acabamos um relacionamento, por exemplo. É um sentimento passageiro, isto significa que dura algumas horas ou poucos dias, além do mais, tem uma causa específica e não altera a produtividade, ou seja, mesmo triste, consegue fazer as atividades do dia-a-dia.
Então qual o problema de estar triste? Estar triste por si só não é um problema, passa a ser quando se torna persistente e duradouro e, neste caso, poderemos estar a falar de depressão.
A depressão é o termo utilizado para se referir aos transtornos depressivos. Diferente da tristeza que é um sentimento natural, a depressão é um transtorno psicológico e precisa de acompanhamento profissional.
Então, como saber se o que sinto é tristeza ou depressão?
Começo por referir que não existem emoções boas ou más, o que existe são emoções positivas e negativas. Geralmente as pessoas evitam as emoções negativas, como é o caso da tristeza, porque a maioria de nós prefere sentir as emoções positivas, como a alegria, por exemplo, que nos trazem bem-estar, ao contrário das emoções negativas que nos deixam desconfortáveis.
É muito comum quando estamos tristes as pessoas falarem que estamos depressivos, mas a diferença desses dois estádios é grande, desde a origem até ao tratamento. Então para perceber se o que está a sentir é algo normativo ou patológico é preciso estar atento a alguns sinais:
- Tristeza persistente, que dura a maior parte do dia, por pelo menos 2 semanas;
- Diminuição do prazer ou do interesse em realizar atividades no dia-a-dia que antes o/a deixava motivado/a;
- Ganho ou diminuição de peso significativo, ou diminuição ou aumento de apetite;
- Dificuldade em dormir (insónia) ou muito sono (hipersonia);
- Maior agitação motora, que não é autopercebida, muitas vezes percebida pelas outras pessoas;
- Cansaço, sente que não tem energia para nada;
- Sentimento de que não serve para nada, inutilidade ou culpa excessiva;
- Dificuldade em concentrar-se, a sensação de que não consegue pensar, indecisão;
- Pensamentos recorrentes em morte ou em suicídio. Elaboração de um plano ou tentativa de suicídio.
Se possui 5 ou mais sinais/sintomas que foram citados, deverá procurar ajuda de um profissional de saúde psicológica. O psiquiatra ou o psicólogo, através da entrevista clínica, avalia os comportamentos da pessoa e indica a melhor forma de tratamento. O tratamento poderá ser feito através do uso de antidepressivos, sessões de psicoterapia ou as duas coisas.
Não é preciso passar por isto sozinho, a nossa equipa de psicólogos poderá ajudar, marque a sua consulta caso queira realizar uma triagem e perceber qual a especialidade que se adequa mais a si agende uma sessão de triagem com um dos psicólogos da nossa equipa. Lembre-se, a depressão é uma doença e precisa de acompanhamento especializado.